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Desenvolvimento de novas estratégias de tratamento para Mucolipidoses II e III: estudo da degradação prematura de RNAm de GNPTAB e GNPTG

Mucolipidoses II e III (ML II/ III) são doenças autossômicas recessivas causadas por um defeito genético na enzima GlcNAc-1-fosfotransferase, composta por três subunidades, α, β e . Mutações no gene que codifica as subunidades α e β (GNPTAB) causam ML II alfa/beta ou, com condição clínica mais branda, ML III alfa/beta. ML III gama resulta de mutações no gene GNPTG que codifica a subunidade  da GlcNAc-1- fosfotransferase. Até o presente momento, a única forma de tratamento disponível é o transplante de medula óssea, cujos resultados em termos de eficácia são conflitantes. O objetivo deste trabalho é testar por meio de técnicas específicas se o RNAm transcrito a partir dos genes GNPTAB e GNPTG em pacientes com ML II/III é alvo de degradação prematura. Caso sejam, será proposto ensaio pré-clínico com medicamentos tipo aminoglicosídeos. O projeto esteve focado no desenvolvimento do tratamento de fibroblastos com aminoglicosídeos. As células de sete pacientes foram cultivadas por 24 horas com ou sem gentamicina ou cloranfenicol. Após este período, o meio de cultura e as células foram coletados e utilizados para ensaio enzimático. Ainda, foi extraído RNA das células. Tendo em vista que o ensaio para atividade da enzima GlcNAc-1- fosfotransferase, deficiente em pacientes com ML II/III, é de grande custo, costuma-se quantificar enzimas lisossomais. Neste contexto, as hidrolases lisossomais, β- galactosidase, β-glicuronidase e α-manosidase foram determinadas através de técnica fluorométrica. Nenhuma diferença estatística foi verificada através do ensaio enzimática de β-galactosidase em meio de cultura (meio extracelular) e em fibroblastos. Em relação à enzima β-glicuronidase, uma diferença foi encontrada em meio de cultura para 4 pacientes. Já para a enzima α-manosidase, não houve diferença. Estes resultados mostram uma sutil mas possível melhora bioquímica nas células de pacientes com ML II e III. Neste momento, tem-se trabalhado na quantificação do RNAm destes pacientes.

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Duração 04:12
País
Idioma
Website http://hdl.handle.net/10183/106110
Ano de produção 2013