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Avaliação de indicadores bioeconômicos do mercado da carne bovina do Rio Grande do Sul

A cadeia produtiva da carne bovina ocupa lugar de destaque no agronegócio brasileiro, entretanto ainda necessita avançar e superar alguns entraves como a falta de coordenação, as barreiras sanitárias e a inexistência de um padrão de conformidade qualitativa do produto. Além disso, a assimetria de informações existente entre os elos influencia nos processos decisórios necessários para o fortalecimento da cadeia. Essa imperfeição no fluxo de informações é encontrada inclusive em dados institucionais. Nesse âmbito, o Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPRO) tem o intuito de desenvolver e consolidar uma base de dados confiável, segura e de fácil acesso em formato de boletim, tendo assim, importante papel na eliminação das assimetrias de informação para os diferentes agentes. Desta maneira, o presente resumo tem como objetivo disponibilizar informações bioeconômicas sobre a cadeia da carne bovina no estado do Rio Grande do Sul (RS). Para isto, buscou-se contato com as fontes que tradicionalmente fornecem as informações desta cadeia como o Programa Estadual de Desenvolvimento, Coordenação e Qualidade do Sistema Agroindustrial de Carne de Gado Vacum, Ovino e Bubalino – AGREGAR e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal – FUNDESA. Esses órgãos forneceram dados do ano de 2012 que foram compilados com o objetivo de gerar gráficos em escala temporal, de acordo com cada variável. A média do preço do quilo do boi gordo comercializado no RS foi de R$ 3,17, sendo que o pico de preço foi observado no mês de dezembro (R$ 3,22). No mês julho o preço do quilo da vaca teve o maior valor de comercialização alcançando R$ 2,95, sendo que média do ano de 2012 foi de R$ 2,84. A mesorregião do estado que obteve os maiores preços de compra de machos foi a Sudeste (3,2 R$/Kg), já para fêmeas o preço mais elevado foi na região Sudoeste e Centro-ocidental (2,9 R$/Kg). A média do rendimento de carcaça dos machos foi de 49,48%, sendo que o pico ocorreu em novembro com 50,22%. As fêmeas tiveram média de rendimento de carcaça de 47,98% e no mês de outubro apresentaram maior rendimento (48,44%). Entre os principais produtos cárneos exportados pelo estado, a carne enlatada durante todo o ano de 2012 foi a mais comercializada e o preço médio por tonelada equivalente carcaça foi R$ 2,066, sendo que no mês de maio houve um pico de R$ 2,504 ton/carcarça. Entre os doze cortes de carne avaliados no trabalho, a picanha e o filé mignon durante o ano de 2012 tiveram os maiores preços de venda in natura tanto sem embalagem (R$ 23,85/kg e R$ 22,89/kg, respectivamente), quanto embalada (R$ 24,92 e R$ 22,21 respectivamente). De modo geral, a carne embalada atingiu maiores valores de comercialização em relação à carne sem embalagem alguma. Entretanto, os corte de coração da paleta (R$ 12,03), filé mignon (R$ 22,89), fralda (R$ 9,63) e filé de costela (R$ 15,85) tiveram valores de venda maiores quando não estavam embaladas. Esse trabalho demonstra a necessidade de mais pesquisas nesta área, a fim de minimizar a descoordenação da cadeia da cadeia da carne, de modo que o setor conquiste mais produtividade e competitividade.

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Duração 03:50
País
Idioma
Website http://hdl.handle.net/10183/106051
Ano de produção 2013