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Introdução de novas cargas inorgânicas na formulação de compostos elastoméricos usados na manufatura de artefatos de vedação

Compostos elastoméricos, ou borrachas, estão presentes em muitos artefatos do nosso cotidiano, como calçados, equipamentos eletrônicos, mecânicos, e carros, como pneus e juntas de borracha de vedação. Um elastômero pode ter suas propriedades modificadas devido à adição de carga. Dentre essas propriedades, pode-se ressaltar a resistência ao alongamento, abrasão, e resistência à permeação de vapores e ao seu enchimento ao contato com solventes orgânicos. Entretanto, a adição de carga está relacionada ao aumento da viscosidade do composto de borracha, bem como influencia na contração do mesmo. De forma geral, quanto maior o volume de carga adicionado, maior será a viscosidade do composto e maiores serão os problemas de processabilidade na fabricação de peças moldadas. É a partir desse conflito, entre adição de carga e dificuldade de processamento, que surgiu este presente projeto que conto com a parceria da Empresa Frenzel, que tem como objetivo a incorporação de vários tipos de zeólitas como carga em compostos elastoméricos, para melhorar principalmente a propriedade de resistência à permeação de vapores de solventes orgânicos e diminuir o enchimento de sua estrutura ao contato com a gasolina, sem dificultar o processamento da borracha. Foram analisadas e caracterizadas zeólitas e resíduos de zeólitas fornecidas pela Fabrica Carioca de Catalisadores (FCC S.A.) sendo as mesmas incorporadas na borracha pela empresa Frenzel, parceira deste projeto. E por fim, se fez um estudo comparativo das propriedades obtidas pela borracha com a adição de carga. Quanto às propriedades físicas avaliadas nas amostras de borracha com zeólita, verificamos através da analises por microscopia eletrônica de varredura acoplada a EDS que a carga é homogeneamente distribuída na matriz de borracha. A partir dos dados de viscosidade podemos ressaltar que as mesmas tiveram melhores resultados quando comparados com borrachas que não tinham zeólita como carga, mas simplesmente sílica. Além disso, a amostra contendo a zeólita G1, uma zeólita após se uso no refino de petróleo, apresentou um maior equilíbrio entre o benefício da carga e a processabilidade. Assim, podemos propor o uso de uma zeólita oriunda do resíduo do refino do petróleo que seria destinada a construção civil, um fim mais nobre, ou seja se tornar uma carga para a manufatura de compostos elastoméricos de vedação. A continuação deste projeto visa o estudo da propriedade de barreira contra vapores e também do inchamento da estrutura de borracha ao contato com solventes orgânicos.

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Duração 04:51
País
Idioma
Website http://hdl.handle.net/10183/106145
Ano de produção 2013