Joana comparecia inicialmente as consultas médicas do especialista gastroenterologista acompanhada pelo responsável do abrigo em que ela estava na época, quando começaram a faltar às consultas. Certo dia apareceu com o pai. A equipe que a atendia achou estranho estar acompanhada do pai que era o responsável por ela estar no abrigo devido aos indícios de abuso e resolveram acionar a assistente social. Nesse momento a assistente social entrou em contato com o pai e com a rede social da menina para procurar compreender melhor toda a sua situação Segundo o pai, a menina mora somente com ele. Pelas denúncias dos vizinhos, o pai é suspeito de abuso e maus-tratos para com a filha e por isso trocou de endereço repetidas vezes. Foi constatado, através da visita domiciliar, que a menina sofria de abuso e de negligência da sua situação de saúde e educação. Os familiares não quiseram falar muito sobre a situação. O pai da menina afirma que a deficiência de sua filha era auditiva e que também era muda, no entanto, ao fazermos testes, percebemos que a menina escuta, porém o que deve ter acontecido é que ela não deve ter sido incentivada a falar. Diante das dificuldades do pai para com o acompanhamento das necessidades de saúde da menina foi acionada a 2ª vara da infância e da juventude que através do mandado judicial realizou uma internação compulsória, para que a menina resolvesse seus problemas de saúde. Com a internação os profissionais do hospital poderiam investigar melhor o caso. As informações dos professores, da escola onde a menina frequentou quando ainda era pequena, a pedagoga da escola que conheceu a menina ainda bebê e então relatou que possuía plenas condições de desenvolver seu intelecto. O trabalho da assistente social é fazer uma intervenção investigativa, analisando a realidade social e buscando preservar os direitos humanos e a justiça social. Com a equipe de profissionais do hospital estão sendo programadas estratégias para melhorar as condições de vida da menina e uma proposta seria a institucionalização em que ela teria mais autonomia para as atividades do dia-a-dia. No entanto, o desenrolar do caso está por decisão judicial como a menina já recebeu alta médica do hospital foi encaminhada para uma instituição. Uma das exigências da justiça é a de que o pai da menina receba um acompanhamento enquanto a menina fica na instituição para que ele possa receber a guarda dela quando voltar pra casa no final do período. A unidade básica de saúde e os representantes do conselho tutelar já fizeram uma reunião para discutir o caso e decidiram não ser coniventes com o pai da menina, determinando os horários das consultas e a rotina dos serviços prestados a paciente. Atualmente, temos a informação de que a menina está frequentando a escola, no entanto o objetivo da institucionalização seria de acompanhar desenvolvimento cognitivo da menina durante esse período e observar sua evolução e convívio com outras pessoas.
Duração | 04:50 |
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Ano de produção | 2013 |