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Intensidades de ausência : narrativas sobre a criação do ator

Este estudo questiona os modos pelos quais a autora experienciou possibilidades de presença, através da ausência na sua atuação, no espetáculo Cinco Tempos para a Morte, do grupo teatral porto-­‐alegrense Usina do Trabalho do Ator (2010). Articula‐se a noção de ausência com reflexões acerca da produção de presença, desenvolvidas pelo pesquisador alemão Hans Ulrich Gumbrect (2010) e com o pensamento de Walter Benjamin (1993) sobre a experiência. Toma‐se a ideia de experiência como algo que pode ser narrado. Problematiza‐se a ausência relacionando‐a com o jogo cênico de reações sutis, silêncios, pequenos movimentos, imobilidades sustentadas, gestos de proporções reduzidas, ausência de iniciativas, estabelecimento de um vazio interior e retenção de informações que possibilitem leituras interpretativas do espectador. Descreve‐se o processo criativo de cinco figuras criadas pela autora nesse espetáculo e compartilham‐se elementos do processo de criação correspondente a cada uma delas. Relaciona‐se a ausência à imobilidade, à presença, à omissão, ao real e à experiência. A pesquisa se aproxima do pensamento de Jacques Copeau, Corinne Enaudeau, Yoshi Oida, Eugen Herrigel, Étienne Decroux, Eugenio Barba, Georges Banu, Ariane Mnouchkine, Peter Brook, Zeami, Martin Jay, entre outros. Esta investigação observa modos por intermédio dos quais os efeitos de presença, no jogo próximo da ausência, podem ser percebidos com maior ou menor intensidade em relação aos efeitos de sentido impostos pelas interpretações.

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Duração 01:16:10
País
Idioma
Website http://hdl.handle.net/10183/88071
Ano de produção 2013