Suscetibilidade in vivo de agente da cromoblastomicose à nanoemulsão de itraconazol

Objetivos: Produção de uma nanoemulsão de itraconazol para administração parenteral e avaliação quanto à sua atividade in vivo em agente da cromoblastomicose. Métodos: A nanoemulsão foi produzida pela técnica de homogeneização à alta pressão e caracterizada quanto ao tamanho de gotícula e polidispersão, potencial zeta, viscosidade, pH, taxa de associação, concentração de fármaco e quanto à presença de fenômenos de instabilidade. Na avaliação in vivo, uma suspensão de esporos com concentração de 106 UFC/mL da cepa de Fonsecaea pedrosoi 46428 ATCC foi inoculada em camundongos BALB/c nas patas traseiras e peritônio. Após 15 dias da inoculação os animais foram tratados até o 30º dia. Análises histopatológicas de rins, fígado e patas foram realizadas. Os parâmetros bioquímicos (uréia, creatinina e alanina transferase) também foram analisados. Resultados: A nanoemusão produzida mostrou características satisfatórias para a administração parenteral. No ensaio in vivo, os animais tratados com a nanoemulsão apresentaram um menor crescimento de colônias fúngicas e reduzida toxicidade hepática quando comparados com os tratados com itraconazol. A redução na toxicidade foi confirmada pela dosagem de alanina aminotransferase. Conclusão: A formulação foi eficaz em modelo animal de cromoblastomicose.