A presente dissertação trata das contribuições, para a criação cênica, da vivência do artista na cultura popular e no campo da sua ancestralidade. A abordagem dessa pesquisa é interdisciplinar e ampara-se nos estudos teatrais e da dança, na antropologia e na fenomenologia. Pela importância cultural e ancestral, foi escolhido como campo de pesquisa a vivência com mulheres habitantes de uma antiga rota do tropeirismo gaúcho, no município de Bom Jesus (região dos Campos de Cima da Serra), no estado do Rio Grande do Sul. A criação cênica resultante foi intitulada “Oô de Casa!” e seu processo de criação foi dividido em três etapas: “Vivência em Campo”, “Ensaios de Criação” e “Apresentação da Criação Cênica”. Na “Pesquisa de Campo” foi dado ênfase na percepção, na alteridade e no imaginário dos intérpretes na vivência com as mulheres pesquisadas. Dessa etapa resulta a descoberta da corporeidade da mulher do tropeiro, presente nos espaços da Casa, do Baile e da Paisagem. Na etapa dos “Ensaios de Criação”, os registros sensíveis do corpo dos artistas foi o ponto de partida, propondo a investigação de sínteses do corpo físico, simbólico e imaginário da mulher que resultassem na criação da cena. A etapa da “Apresentação da Criação Cênica” ocorreu em três momentos distintos e serviu como um novo exercício de alteridade. Por fim, foram caracterizadas as contribuições encontradas para o processo de criação.
Duração | 10:22 |
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Website | http://hdl.handle.net/10183/66835 |
Ano de produção | 2012 |