Para receber uma pintura protetiva, as superfícies metálicas devem antes receber uma preparação de superfície, normalmente composta por desengraxe, decapagem e fosfatização/cromatização. O objetivo deste trabalho é tentar desenvolver um revestimento polimérico como alternativa à fosfatização/cromatização, já que esta técnica tem como consequência um significativo impacto ambiental. Obtenção dos filmes Os polímeros utilizados foram o Poli(5-amino-1-naftol) (PAN) e a Polianilina (PAni) e foram obtidos diretamente sobre superfícies de aço SAE 1006 por eletrossíntese por voltametria cíclica e potencial constante em meio básico (pH=9,0), em uma solução hidroalcoólica de KNO3 0,1M e 0,05% (massa/volume) de 5-amino-1- naftol ou 0,1% (volume/volume) de anilina em uma célula de três eletrodos com auxílio de Potenciostato Autolab PGSTAT 302. Caracterização e avaliação dos polímeros Para a caracterização dos polímeros foram usadas as técnicas de espectroscopia de infravermelho (IR), que permite a determinação da composição química e estrutural, microscopia eletrônica de varredura (MEV), que permite a avaliação morfológica dos filmes obtidos e a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), que possibilita uma avaliação do poder protetor dos filmes obtidos, comparativamente a outras estratégias. Além disso, foram feitos ensaios de corrosão acelerada em névoa salina, ensaios estes que permitem avaliar o grau de enferrujamento nas amostras de aço e avaliar a proteção oferecida pelos filmes obtidos em um meio altamente corrosivo. Todos os filmes obtidos formaram-se homogeneamente sobre a superfície do aço. A PAni formou um filme de maior espessura e mais escuro em relação ao PAN. Os polímeros obtidos por potencial constante têm uma espessura maior em relação aos obtidos por voltametria cíclica. Ensaios de Impedância Eletroquímica A impedância é a capacidade de um circuito ou material em resistir à passagem de corrente elétrica, com dependência da frequência. Os ensaios de impedância foram feitos em solução de NaCl (3% massa/volume), um meio considerado “agressivo” a metais. Neste ensaio, usa-se como eletrodo de referência prata/cloreto de prata Ag/AgCl e como contra-eletrodo um fio de platina. Como eletrodo de trabalho usou-se o aço já revestido com primer (PAN ou PAni), o aço sem nenhum revestimento (somente desengraxado), e o aço fosfatizado, com o objetivo de comparar o revestimento polimérico com uma peça fosfatizada e com a “branca”(sem nenhum revestimento). Ensaios de polarização Ao obter-se o filme de PAN ou de PAni sobre o aço SAE 1006, acaba-se passivando o metal, ou seja, o seu potencial de atividade desloca-se para um potencial mais nobre ou mais catódico, melhorando ainda mais sua proteção contra corrosão. O objetivo do ensaio de polarização é a determinação do potencial de corrosão do revestimento. Roteiro do vídeo O vídeo irá ressaltar os pontos mais importantes do trabalho, exemplificando através de gráficos e imagens cada etapa do trabalho. Também será mostrado o ensaio de formação do filme por voltametria cíclica com a PAni, apresentando como ocorre a formação do polímero sobre o aço.
Duração | 10:40 |
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Website | http://hdl.handle.net/10183/111748 |
Ano de produção | 2011 |