Meu nome é Claudia, sou estudante do 5o semestre de fonoaudiologia da UFRGS e estagio na Unidade de Saúde da Família (USF).
Fui contatada pelo estudante de odontologia Marcelo para verificar a possibilidade de atendimento de Joana, uma criança de 11 anos, com suspeita de surdez e alteração de fala, que está sendo atendida por ele no hospital.
Após conversar com as supervisoras, informo que a fonoaudióloga da região está em licença gestante, mas podemos acolher o caso e fazer as orientações e referências necessárias.
Pelas características do caso, por ele apresentadas, optamos por acionar o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da região, que conta com equipe multiprofissional e pode articular a rede de atenção. Também fizemos contato com a escola, a qual está vinculada à USF, na qual realiza atividades do Programa Saúde na Escola (PSE). Ainda não foi possível realizar visita domiciliar.
Ao acolhimento, observa-se dificuldade significativa de comunicação, com comprometimento de linguagem e fala. A criança parece apática, traz uma boneca, mas não demonstra muito interesse em atividade lúdica, talvez porque não compreende bem a proposta de sua presença. O pai que a acompanha traz um relato confuso sobre a sua história e não sabe esclarecer informações sobre o desenvolvimento. A assistente social refere terem realizado testes, mas não há informações precisas quanto ao tipo de avaliação e detalhes dos resultados. Aparentemente, a acuidade auditiva é preservada, pois ela reage a sons ambientais. No entanto, há comprometimento neurológico e a necessidade de uma avaliação mais cuidadosa. Para tanto, a criança será encaminhada para otorrinolaringologista, com solicitação de otologia surdez, para que consiga atendimento em serviço de saúde auditiva de alta complexidade, no qual passará pelos exames adequados, com profissionais especializados para atender o caso.
A aproximação com a escola visa compreender qual o aproveitamento da criança em escola regular. O pai e a escola receberão orientações periódicas quanto ao manejo da criança, para estimulação do desenvolvimento das atividades de vida diária com maior autonomia. Também foram orientados quanto à necessidade de frequentar uma instituição de ensino na qual possa conviver com outras crianças em condição semelhante e aprender língua brasileira de sinais (LIBRAS) e estratégias leitura BRAILE e para locomoção de cegos (uso de bengala, condução, entre outros). - a instituição que estou pensando é filantrópica, mas acho que é a única que oferece esse tipo de recurso. Não é para moradia!
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Citação/Atributo do recurso.
00192612. (26/11/2014). Linguagem. Recuperado 18/12/2024, de SEAD Web site(s): https://videos.ufrgs.br/sead/napead/linguagem.