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Controle biológico de Senecio spp. através do pastejo por ovinos

INT – SPV-UFRGS- DIA Voz de Veronica Rolim fazendo uma introdução sobre a importância da seneciose na bovinocultura. VERONICA: Olá, meu nome é Veronica Rolim, eu sou bolsista de iniciação tecnológica da Faculdade de Veterinária da UFRGS e vou apresentar para vocês algumas das atividades que têm sido desenvolvidas pelo Setor de Patologia Veterinária. A intoxicação por Senecio brasiliensis é a principal causa de morte por plantas tóxicas em bovinos no Rio Grande do Sul. Estima-se que essas perdas representem um valor aproximado anual de R$ 30 milhões para o Estado. Além dos prejuízos por morte dos animais, Senecio spp. pode ocasionar perdas econômicas difíceis de estimar, como por exemplo a diminuição do desempenho produtivo e reprodutivo dos rebanhos manejados em áreas invadidas pela planta. Senecio spp. são plantas pouco palatáveis consumidas provavelmente com maior frequência durante períodos de escassez de forragens, especialmente entre os meses de maio e agosto, período em que estão em brotação. É durante a brotação que também ocorre a maior concentração de alcalóides pirrolizidínicos, as toxinas responsáveis pelas lesões hepáticas associadas com sinais clínicos e mortes dos animais, que podem persistir até vários meses após o consumo ou ser esporádicas e distribuídas durante todo o ano. Devido ao caráter irrecuperável da doença, o controle deve prevenir a ingestão da planta. Embora incerto se por mecanismo de detoxificação hepática ou adaptação de flora ruminal, os ovinos são resistentes e controlam a planta, se mantidos em lotação adequada. Entretanto, há carência de informações referentes à metodologia aplicável para tanto e ao desempenho de rebanhos ovinos mantidos em pastejo de áreas invadidas pela planta. EXT- PROPRIEDADE AFETADA- DIA Voz de Veronica Rolim explicando como o experimento foi desenvolvido VERONICA: O experimento foi instalado em uma propriedade em que surtos de intoxicação por Senecio spp. causaram a morte de dezenas de bovinos. Uma área de 5,5 hectares severamente (cerca de 30 mil plantas) infestada por Senecio foi cercada com alambrado apropriado (sete fios) para ovinocultura. Dezesseis ovinos foram introduzidos em novembro de 2009, após secagem das plantas S. brasiliensis e mantidos na área, mas a lotação de bovinos foi ajustada conforme a disponibilidade de forragem. Os ovinos foram manejados exclusivamente à campo, suplementados com sal mineral e dosificados periódica e estrategicamente com anti-helmínticos de princípios ativos diferentes. Nos meses subsequentes, as brotações de Senecio foram consistentemente consumidas pelos ovinos, a tal ponto que, atualmente, é extremamente raro se encontrar uma plântula na área experimental. O desempenho produtivo e reprodutivo dos ovinos tem sido registrado e será comparado ao do grupo controle. INT- SPV-UFRGS- DIA Voz de Veronica Rolim discutindo os pontos mais relevantes do experimento e concluindo os resultados observados até o momento. VERONICA: A disseminação de plantas nocivas em áreas de pastagens resultou do manejo inadequado aplicado durante décadas e que reduziu a competição de espécies nativas e proporcionou habitat para espécies daninhas. Os programas mais eficientes de controle de plantas indesejáveis têm sido aqueles que integram técnicas biológicas com estratégias de manejo como modificações na pressão de pastejo, nos distúrbios às pastagens e culturas e no controle químico. Os estudos aqui propostos constituem apenas parte, ainda que fundamental, de um projeto de pesquisa mais amplo e que contemple outros fatores e possibilidades, dentre as quais se destacam métodos de remoção manual e mecânica dessas plantas e testes de controle biológico com insetos.

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Duração 06:24
País
Idioma
Website http://hdl.handle.net/10183/111762
Ano de produção 2011